Irmandade de São Benedito de Bragança comemora 220 anos
Eles
são figuras importantíssimas dentro da cultura bragantina. Os marujos e marujas
de São Benedito de Bragança, município localizado na região nordeste paraense há
mais de dois séculos são mantidos entre gerações. Este mês, comemoraram 220
anos, e uma festa foi realizada, com direito a celebrações, ladainhas
e comilanças.
Criada
no dia 3 de setembro de 1798, a irmandade é responsável pela propagação da
devoção a São Benedito, conhecido como o “santo preto” da igreja católica. São eles
quem zelam para que a tradição seja mantida na região.
Assim
como o Círio é para os paraenses, a marujada é para os bragantinos, só quem
vive sabe, só quem sente explica. Exemplo disso é o orgulho de quem um dia se trajou
como as roupas que simbolizam a manifestação cultural. De acordo com
historiadores tudo começou durante a escravidão, quando os escravos pediram
autorização aos seus senhores para que venerassem São Benedito, desde então a
devoção se propagou, e a marujada foi incorporada como parte profana da
festividade.
Marujada
é o nome dado a dança representada pelos marujos. Ela é constituída quase
exclusivamente por mulheres, cabendo a elas a direção e organização dos
cortejos. Os homens são os responsáveis por acompanhar e animar a dança com um gênero
musical conhecido por retumbão.
Uma
das características forte da marujada são as roupas, normalmente saias redondas
e com fitas longas e rosas avantajas, no caso das mulheres, e trajes sociais
brancos, com chapéus de palha, no caso dos homens.
Quem
quiser viver e conhecer a marujada em Bragança pode visitar o município no mês de
dezembro quando ocorrem as festividades em honra a São Benedito.
Texto: Silvano Viana
Fotos: Reprodução Facebook
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